11 de Maio de 2015

Homilia – 6º Domingo da Páscoa – (At 10,25-26,34-35.44-48; 1Jo 4,7-10; Jo 15,9-17)

Celebramos, hoje, o sexto domingo da páscoa e comemoramos o dia das mães. Nós, cristãos católicos, temos uma grande afeição pelo mês de maio, pois celebramos o mês de Maria, a mãe de Jesus e nossa mãe.

Tocados pela ternura da Virgem Santíssima, motivados pelos textos bíblicos que escutamos e, de acordo com a mística pascal que estamos vivenciando, Cristo Ressuscitado recorda-nos a importância de experimentarmos o seu amor e alerta-nos quanto à missão que temos de suscitar no outro o desejo e o compromisso de amar também, a fim de que tenhamos alegria plena.

O grande ensinamento da liturgia de hoje é que o amor não pode ser demonstrado apenas com palavras, mas com atitudes, gestos e ações concretas.

As leituras mostram que o verdadeiro amor consiste na certeza de que sua origem vem de Deus.  Não somos nós que amamos a Deus, mas é Ele quem nos ama primeiro; na doação plena da vida como fez Jesus para nos salvar; na disponibilidade de cada um para amar o próximo, sem nada exigir em troca (cf. 2ª leitura).

O êxito da nossa missão, a concretização da plena felicidade pessoal, a harmonia comunitária acontecem quando se observa e se pratica o amor: “Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isso para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (v10-12). 

Nós fomos chamados e escolhidos para sermos amigos de Jesus, escolhidos para fazermos uma experiência de encontro, de vivência, de intimidade, de confiança e de amizade com Ele e reproduzirmos com os irmãos: “Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto, e o vosso fruto permaneça” (v 15-16).

Conforme a nossa vida profissional e a nossa vocação, somos convidados a amarmos uns aos outros. Mas, o ambiente, o lugar privilegiado para fazermos uma experiência particular de amor é na família. Nossos pais são os primeiros mestres do amor, os primeiros referenciais, os primeiros exemplos de doação, de pessoas que amam e de fidelidade.

Conscientes desta realidade, neste dia dedicado às mães, nós queremos ressaltar que, no exercício de sua maternidade, cada mulher torna-se uma transparência do amor de Deus, uma revelação da sua bondade, da sua ternura; cada mulher, mãe, torna-se uma fonte que faz jorrar a água da atenção, do cuidado, do zelo, da dedicação, do sacrifício, da paciência, da prudência para fecundar a mente e o coração dos filhos de bons ensinamentos. O amor de mãe é incondicional, pois corrige, educa e prepara para vida.

A mãe que assume a sua vocação maternal torna-se uma verdadeira mestra de aceitação das diferenças, de relacionamento saudável, de solidariedade, de prática da justiça, de honestidade, de caridade e de todos os bons hábitos e boas virtudes que podem colaborar na formação de uma personalidade equilibrada e o bom caráter de seus filhos.  Assim, cada mulher, mãe, torna-se um reflexo, uma transparência do amor infinito do Pai Eterno que n’ela deixa revelar a face materna de Deus.

Mãe é sinônimo de doação, de verdadeiro amor, de comprometimento e expressão de verdadeira afeição; é exemplo de lealdade e santidade; é expressão de bondade e de benignidade.

Mãe é personificação do amor, amor que nos ilumina, conduz e proporciona vida. Amor que é incondicional para a felicidade pessoal de todo ser humano.   Sem o amor de mãe a busca pela felicidade, pelo equilíbrio e pela realização é muito mais exigente, pois sabemos que o amor materno é sempre previdente.

Obrigado, mulher mãe, pelo dom da maternidade natural ou por adoção! Obrigado, pela vocação assumida, por gerar vidas, criar, educar e pela sua cumplicidade, buscando oferecer bons cidadãos a sociedade!

Obrigado pelo bem que fazes! Obrigado pelo cumprimento da missão de gerar vidas! Deus a recompense pela sua participação e colaboração na obra da criação.

Neste segundo domingo do mês de maio, saudamos e homenageamos todas as mães, reverenciando Nossa Senhora que nos adotou como seus filhos e nos dispensa o seu amor e a proteção de todo mal, dizendo: “Salve, Rainha, mãe de misericórdia, vida doçura e esperança nossa salve!”



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