09 de Março

Mateus 21,33-43.45-46

Jesus Cristo, sois bendito, sois o ungido de Deus Pai!
Deus o mundo tanto amou, que lhe deu seu próprio Filho, para que todo o que nele crer encontre vida eterna (Jo 3,16).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, disse-lhes: 21 33 “Ouvi outra parábola: havia um pai de família que plantou uma vinha. Cercou-a com uma sebe, cavou um lagar e edificou uma torre. E, tendo-a arrendado a lavradores, deixou o país.
34 Vindo o tempo da colheita, enviou seus servos aos lavradores para recolher o produto de sua vinha.
35 Mas os lavradores agarraram os servos, feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro.
36 Enviou outros servos em maior número que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo.
37 Enfim, enviou seu próprio filho, dizendo: ‘Hão de respeitar meu filho’.
38 Os lavradores, porém, vendo o filho, disseram uns aos outros: ‘Eis o herdeiro! Matemo-lo e teremos a sua herança!’
39 Lançaram-lhe as mãos, conduziram-no para fora da vinha e o assassinaram.
40 Pois bem: quando voltar o senhor da vinha, que fará ele àqueles lavradores?”
41 Responderam-lhe: “Mandará matar sem piedade aqueles miseráveis e arrendará sua vinha a outros lavradores que lhe pagarão o produto em seu tempo”.
42 Jesus acrescentou: “Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra rejeitada pelos construtores tornou-se a pedra angular; isto é obra do Senhor, e é admirável aos nossos olhos’?
43 Por isso vos digo: ser-vos-á tirado o Reino de Deus, e será dado a um povo que produzirá os frutos dele”.
45 Ouvindo isto, os príncipes dos sacerdotes e os fariseus compreenderam que era deles que Jesus falava.
46 E procuravam prendê-lo; mas temeram o povo, que o tinha por um profeta.
Palavra da Salvação.



ComentÁrio do Evangelho
DEUS NÃO SE DEIXA VENCER

A história de Israel, que se desenrolou como uma espécie de luta entre Deus e o povo eleito, é como que a parábola de toda história humana. Enquanto Deus se empenha em salvar a humanidade, esta insiste em caminhar para a condenação. Ele vai lhe apresentando os meios necessários para que se salve, mas o ser humano continua destruindo a obra divina. Deus confia na conversão do coração humano; este, no entanto, frustra, continuamente, a confiança divina.
Apesar disto, o Pai mostra-se sobremaneira paciente. O primeiro gesto de rebeldia do ser humano seria suficiente para merecer a punição. Afinal, ele é quem tem uma dívida de gratidão para com Deus. Criado com todo o carinho, fora-lhe dadas as condições para viver em comunhão com o Criador e com os demais seres humanos. Dele se esperava frutos de amor e de justiça. No entanto, seu coração perverteu-se, levando-a a se rebelar contra Deus. Até mesmo Jesus, que representa o gesto supremo da boa-vontade divina de salvar o ser humano, acabou sendo crucificado.
Ao ressuscitar seu Filho, o Pai estabeleceu-o como sinal de seu amor pela humanidade. Sempre que o ser humano quiser voltar-se para Deus, pode contar com Jesus. Aquele que fora rejeitado pelo ser humano, o Pai constituiu-o como "pedra angular" da salvação.

Oração
Espírito de sensatez, não permitas jamais que eu me rebele contra o amor do Pai, que quer a minha salvação e espera de mim docilidade a seus apelos de conversão.

(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Leitura
Gênesis 37,3-4.12-13.17-28
Leitura do livro do Gênesis.
37 3 Israel amava José mais do que todos os outros filhos, porque ele era o filho de sua velhice; e mandara-lhe fazer uma túnica de várias cores.
4 Seus irmãos, vendo que seu pai o preferia a eles, conceberam ódio contra ele e não podiam mais tratá-lo com bons modos.
12 Os irmãos de José foram apascentar os rebanhos de seu pai em Siquém.
13 Israel disse a José: “Teus irmãos guardam os rebanhos em Siquém. Vem: vou mandar-te a eles.” “Eis-me aqui”, respondeu José.
17 E o homem respondeu: “Partiram daqui e ouvi-os dizer: Vamos a Dotain.” Partiu então José em busca dos seus irmãos e encontrou-os em Dotain.
18 Eles o viram de longe. Antes que José se aproximasse, combinaram entre si como o haveriam de matar;
19 e disseram: “Eis o sonhador que chega.
20 Vamos, matemo-lo e atiremo-lo numa cisterna; diremos depois que uma fera o devorou; e então veremos de que lhe aproveitaram os seus sonhos.”
21 Ouvindo-o, porém, Rubem, quis livra-lo de suas mãos: “Não lhe tiremos a vida, disse ele.
22 Não derrameis sangue. Jogai-o naquela cisterna, no deserto, mas não levanteis vossa mão contra ele.” Pois Rubem pensava livrá-lo de suas mãos para o reconduzir ao pai.
23 Quando José se aproximou de seus irmãos, eles o despojaram de sua túnica, daquela bela túnica de várias cores que trazia,
24 e jogaram-no numa cisterna velha, que não tinha água.
25 E, sentando-se para comer, eis que, levantando os olhos, viram surgir no horizonte uma caravana de ismaelitas vinda de Galaad. Seus camelos estavam carregados de resina, de bálsamo e de ládano, que transportavam para o Egito.
26 Então Judá disse aos seus irmãos: “Que nos aproveita matar nosso irmão e ocultar o seu sangue?
27 Vinde e vendamo-lo aos ismaelitas. Não levantemos nossas mãos contra ele, pois, afinal, é nosso irmão, nossa carne.” Seus irmãos concordaram.
28 E, quando passaram os negociantes madianitas, tiraram José da cisterna e venderam-no por vinte moedas de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito.
Palavra do Senhor.
Salmo 104/105
Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

Mandou vir, então, a fome sobre a terra
e os privou de todo pão que os sustentava;
um homem enviara à sua frente,
José, que foi vendido como escravo.

Apertaram os seus pés entre grilhões
e amarraram seu pescoço com correntes,
até que se cumprisse o que previra,
e a palavra do Senhor lhe deu razão.

Ordenou, então, o rei que o libertassem,
o soberano das nações mandou soltá-lo;
fez dele o senhor de sua casa,
e de todos os seus bens o despenseiro.


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