06 de Julho de 2017

Órgão de Tubos da Basílica do Bonfim será reinaugurado neste sábado (08)

Instrumento do século XIX doado por Feliciana Maria de Britto Lopes Alves passou por restauração e será apresentado ao público às 18h


Órgão de Tubos da Basílica do Bonfim será reinaugurado neste sábado (08)

O Órgão de Tubos de fabricação francesa do século XIX da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim será reinaugurado neste sábado (08), às 18h. Após passar por uma restauração desde dezembro de 2015, a peça histórica que possui 290 tubos será reapresentada ao público em uma cerimônia que contará com a presença do Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Gilson Andrade da Silva, e autoridades do cenário cultural e político da Bahia.

A solenidade da reinauguração terá uma programação que inclui Missa, às 17h, logo após Dom Gilson dará uma bênção específica para o órgão e depois o Maestro e Organista da Basílica do Bonfim, Francisco Rufino, tocará a peça célebre do instrumento, que é o Hino do Senhor do Bonfim.

Com alegria, o Reitor da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim, Padre Edson Menezes da Silva, falou sobre a importância da reinauguração. “Há aproximadamente 70 anos o Órgão de Tubos da Igreja do Senhor do Bonfim estava em silêncio. Agora, depois de um longo processo de restauração, voltará a tocar. Estamos devolvendo aos fiéis e ao povo baiano um belo e tradicional instrumento musical, que tornará as Celebrações Eucarísticas mais solenes e festivas, como também podemos a partir de agora programar alguns concertos e isso deixará nossa programação cultural mais rica. Agradecemos ao Senhor do Bonfim por esse presente!”

A reinauguração faz parte das comemorações dos 263 anos da Basílica, ocorrido no dia 24 de junho, como assim destaca o Juiz da Devoção do Senhor do Bonfim, Francisco José Pitanga Bastos. “Nesses 263 anos da nossa Basílica, a Devoção do Senhor do Bonfim, ao restaurar esse importante instrumento musical, evidentemente está dando um presente ao povo da Bahia, quer seja católico ou de outra religião. Um presente que envolve a cultura e a religiosidade e que reintegra a nossa Igreja do Bonfim como um centro difusor da cultura do Estado da Bahia e do Brasil”.

Francisco Pitanga também frisa a qualidade que tem a Basílica do Bonfim em possuir um rico acervo de peças de arte. “Nossa Basílica é um repositório de arte religiosa e popular, além de ser um santuário em que se guarda, envolta na tradição, o que de mais emocional e autêntico existe na alma da gente baiana. No Bonfim há muito para ser mostrado ao forasteiro, assim como ao próprio filho da terra que ainda não tenha tido a oportunidade de apreciar com indispensável vagar relíquias e peças de valor existentes na Basílica. Entre elas podemos apontar o nosso Órgão de Tubos Franceses”.

O instrumento chegou à Basílica Santuário do Senhor do Bonfim em 1854, pelas mãos de Feliciana Maria de Britto Lopes Alves e é um dos poucos na Bahia desse modelo. A peça possui 430 cm de altura e 224 cm de largura. Devido à ação do tempo e de cupins, deixou de funcionar.

O Maestro e Organista Francisco Rufino, que iniciou seus trabalhos à frente do coral da Basílica do Bonfim em 1972, explica a estrutura do instrumento. “É composto por flautas, metais e tubos. Tem o fole, que hoje é mecânico, produzido por um ventilador, responsável por fabricar o ar. Esse ar é distribuído e passa por tubulações, em uma engenharia quase que perfeita, digamos assim. É então composto de jogos, com trompetes, viola de gamba, flautas, clarineta, enfim, tem uma série de sons de instrumento dentro do próprio órgão, para que componha tudo isso que chamamos de órgão de tubos”. Francisco também explica a diferença entre organista e organeiro. “Organeiro é o construtor do órgão e o organista é o que executa, que toca as peças do órgão”.

Foto: Anna Carolina Lima/Amex

Crédito: Anna Carolina Lima/Amex


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