20 de Fevereiro de 2018

Pe. Tolentino alerta sobre défice de desejo na Igreja: “a sede de nada que faz adoecer”

O sacerdote orienta o retiro de Quaresma do Papa Francisco e da Cúria Romana, realizado de 18 a 23 de fevereiro


Pe. Tolentino alerta sobre défice de desejo na Igreja: “a sede de nada que faz adoecer”

“O elogio da sede” é o tema dos exercícios espirituais do Papa Francisco e da Cúria Romana que se realizam de 18 a 23 de fevereiro, na Casa Divino Mestre, em Ariccia. O pregador do retiro é o vice-reitor da Universidade Católica de Lisboa e consultor do Pontifício Conselho para a Cultura, Pe. José Tolentino de Mendonça.

Nesta terça-feira, 20, sob o tema “Esta sede de nada que nos faz adoecer”, Pe. Tolentino alertou sobre a preguiça, a “atonia” da alma, que provoca apatia e indiferença. Ele observou que há um défice de desejo nas culturas e também na Igreja, o que requer uma autocrítica eclesial.

O pregador apontou que o contrário da sede é a preguiça. “Quando renunciamos à sede, começamos a morrer (...) Quando perdemos a curiosidade e nos fechamos ao inédito ficamos apáticos e começamos a ver a vida com indiferença. Por sua vez, a sede nos ensina a arte de procurar, de aprender, colaborar, a paixão de servir”.

“Quando nos sentimos amados como pessoas, amparados com afeto e acompanhamento, sabendo que nosso trabalho interessa, envolve e apaixona, temos a certeza de existir. Mas quando nos sentimos abandonados, incompreendidos e com o coração ferido por dores que não sabemos curar, (...) Fica só um vazio, uma ‘cratera’ existencial a ser preenchida com angústias e mundanidades”, disse o sacerdote.

Pe. Tolentino defendeu que “um dos sinônimos da preguiça, a ‘atonia’ da alma, é a tristeza” e assinalou que nem sempre o problema está no excesso de atividades, mas em atividades mal vividas, sem motivação adequada e a espiritualidade que a torna desejável.

Fonte: Amex, com Rádio Vaticano


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