30 de Novembro de 2018

Reitor da Basílica do Bonfim, Pe. Edson Menezes, participa de audiência com Papa Francisco

Encontro com Pontífice marcou ponto alto do 1º Encontro Internacional de Reitores e Colaboradores de Santuários


Reitor da Basílica do Bonfim, Pe. Edson Menezes, participa de audiência com Papa Francisco

O reitor da Basílica Santuário Senhor do Bonfim, padre Edson Menezes, participou, nesta quinta-feira, 29, de uma audiência com o Papa Francisco, no Vaticano.

O encontro com o Santo Padre marcou o ponto alto do 1º Encontro Internacional de Reitores e Colaboradores de Santuários, que reuniu, de 27 a 29 de novembro, em Roma, cerca de 600 representantes de santuários de todo o mundo.

Discurso do Papa

“Quanto precisamos dos santuários no caminho cotidiano da Igreja!”, declarou o Papa ao início de seu discurso aos participantes do encontro. “São lugares em que o nosso povo vai com boa vontade a fim de manifestar sua fé na simplicidade e segundo as tradições que aprenderam desde a infância. De várias formas, os nossos santuários são insubstituíveis, pois mantêm viva a piedade popular, enriquecendo-a com uma formação catequética que sustenta e reforça a fé e alimentando, ao mesmo tempo, o testemunho da caridade”, completou.

Na oportunidade, Francisco destacou a importância do acolhimento dos fiéis. “Essas pessoas, quando são acolhidas, são mais disponíveis a abrir o seu coração e a deixá-lo plasmar pela graça. Um clima de amizade é uma semente fecunda que os nossos santuários podem semear no terreno dos peregrinos, permitindo-lhes reencontrar aquela confiança na Igreja que pode ter sido desiludida pela indiferença recebida”, indicou.

Ele ressaltou ainda que “o santuário é, sobretudo, lugar de oração”. A esse propósito, sublinhou duas exigências: “A primeira, favorecer a oração da Igreja que, com a celebração dos Sacramentos, torna presente e eficaz a salvação. Isso permite a qualquer pessoa que esteja presente no santuário de sentir-se parte de uma comunidade maior que em todo canto da terra professa a única fé, testemunha o seu amor e vive a mesma esperança”.

Por conseguinte, apontou que “os santuários são chamados a alimentar a oração de cada peregrino no silêncio de seu coração”. “Com as palavras do coração, com o silêncio, com suas fórmulas aprendidas na infância, com os seus gestos de piedade, cada um deve ser ajudado a expressar sua oração pessoal. Muitas pessoas vão ao santuário porque precisam receber uma graça e depois voltam para agradecer, por ter recebido a força e a paz na provação. Essa oração torna os santuários lugares fecundos, para que a piedade popular seja sempre alimentada e cresça no conhecimento do amor de Deus”, declarou.

Na conclusão do discurso, Francisco falou sobre misericórdia: “O santuário é o lugar privilegiado para experimentar a misericórdia que não conhece confim. Esse é um dos motivos que me impulsionou a desejar a ‘Porta da misericórdia’ também nos santuários durante o Jubileu da Misericórdia. De fato, a misericórdia, quando é vivida, torna-se uma forma de evangelização real, porque transforma as pessoas que recebem a misericórdia em testemunhas de misericórdia”.

“Desejo que nunca falte nos santuários a figura do ‘Missionário da Misericórdia’ como testemunha fiel do amor do Pai que abre os braços a todos e vai ao encontro feliz por ter reencontrado quem se distanciou. As obras de misericórdia pedem para ser vividas de modo particular em nossos santuários, pois nelas a generosidade e a caridade são realizadas de forma natural e espontânea como atos de obediência e amor ao Senhor Jesus e à Virgem Maria”, acrescentou.

Por fim, o Papa pediu a Nossa Senhora que ajude e acompanhe os reitores e colaboradores de santuários na grande responsabilidade pastoral que lhes foi confiada. “Por favor, não se esqueçam de rezar mim e fazer com que rezem por mim em seus santuários”, concluiu.

Daniele Castro/AMEX




Crédito: Daniele Castro/AMEX


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