06 de Novembro de 2018

2º dia da Semana Preparatória da Festa de Nossa Senhora da Guia

Com o subtema: Maria, mãe de Deus e nossa, Pe. Edson faz reflexão


2º dia da Semana Preparatória da Festa de Nossa Senhora da Guia

Maria, mãe de Deus e nossa (Mt 1, 18-23)

"Maria Santíssima é mãe de Deus, porque gerou Jesus. E Jesus, possuía duas naturezas: uma humana e outra divina, ou seja, Jesus foi uma pessoa humana e Deus. Sendo Jesus Deus Filho, Maria é Mãe de Deus.

No Catecismo da Igreja Católica está escrito: “Maria, é verdadeiramente Mãe de Deus”, visto ser a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus. (n.509). Nós sabemos e acreditamos que Deus é uno e trino. O concílio de Éfeso, ocorrido no ano 431, justificou e afirmou a subsistência da natureza divina e da natureza humana na única pessoa do Filho, proclamou Maria Mãe de Deus.

Assim, a Igreja quer afirmar que Ela é a Mãe do Verbo encarnado, que é Deus. Por isso, a sua maternidade não se refere a toda a Trindade, mas unicamente a segunda pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana.

Maria, é filha de Deus Pai, Mãe do Deus Filho e esposa do Espírito Santo. Assim nós cantamos no Ofício de Nossa Senhora.

A maternidade é relação entre pessoa e pessoa: uma mãe não é Mãe apenas do corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera. Maria, portanto, tem gerado segundo a natureza humana a pessoa de Jesus,  que é a pessoa divina, é Mãe de Deus.

Nas primeiras comunidades cristãs, os discípulos poucos a pouco vão tomando consciência de que Jesus é o Filho de Deus e que Maria é a Mãe de Deus. Trata-se de um titulo que aparece explicitamente nos textos evangélicos, embora eles recordem a Mãe de Jesus e afirmem que Ele é Deus (Jo. 20,28; cf.05, 18; 10,30.33). Em todo caso, Maria é apresentada como Mãe do Emanuel, que significa Deus conosco (cf. Mt. 01,22-23).

A Igreja nos ensina e nós acreditamos que a Virgem Maria é reconhecida e honrada como a verdadeira Mãe de Deus e nossa mãe.

Afirma o Papa emérito, Bento XVI: do titulo de “Mãe de Deus” derivam depois todos os outros títulos com que a Igreja honra Nossa Senhora, mas este é o fundamental [...].

A qualificação de Mãe de Deus, tão profundamente ligada ás festividades do Natal, é, portanto, o apelativo fundamental com o qual a Comunidade dos que creem honra, desde sempre a Virgem Santa. Ela exprime bem a missão de Maria na história da salvação. Todos os outros títulos atribuídos a Nossa Senhora encontram o seu fundamento na sua salvação para ser Mãe do Redentor, a criatura humana eleita por Deus para realizar o plano de salvação, centrado no grande mistério de encarnação do Verbo divino.

O Papa Francisco afirma: “...Em Maria, o Verbo eterno não só se fez carne, mas aprendeu também a reconhecer a ternura maternal de Deus. Com Maria, o Deus-Menino aprendeu a ouvir os anseios, as angustias, as alegrias e as esperanças do povo da promessa. Com elas, descobriu-se a si mesmo como Filho do santo povo fiel de Deus.

[...] reconhecer “a maternidade de Maria com Mãe de Deus e nossa mãe significa avivar uma certeza que nos há de acompanhar nos decorrer dos dias: somos um povo com uma Mãe, não somos órfãos.”

 

Padre Edson Menezes

Reitor da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim




Crédito: Jéssica Bahia/Amex


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