Na noite desta quinta-feira (28/03), aconteceu na Basílica Santuário Nosso Senhor Bom Jesus do Bonfim a Santa Missa da Ceia do Senhor com rito do Lava-pés. O ato litúrgico que faz memória ao momento em que Jesus — antes de sua Paixão, Morte e Ressurreição — esteve com seus discípulos ao redor da mesa, foi presidido pelo reitor da Basílica Santuário, padre Edson Menezes.
"A Quinta-feira Santa convida-nos a redescobrir a Eucaristia como fonte de vida, de santidade, de comunhão, de unidade e de fraternidade a fim de que possamos prosseguir a nossa caminhada procurando testemunhar a nossa fé cristã.", disse o sacerdote durante a sua homilia. Em sua fala, padre Edson relacionou a liturgia do dia com a "Fraternidade e Amizade Social" — tema da Campanha da Fraternidade 2024. "As leituras nos oferecem um itinerário de conversão para que possamos qualificar o nosso diálogo com o diferente e assim possamos viver em harmonia, para que possamos viver a vida nova que a Paixão e a Páscoa de Cristo nos propõem.", frisou.
No momento do lava-pés, a celebração eucarística contou com a presença de 12 pessoas que representaram a diversidade étnica, religiosa, social e racial presentes na sociedade. A escolha dos participantes se deu a partir da motivação da Campanha da Fraternidade 2024, mediante o lema "Vós sois todos irmãos e irmãs" (cf. Mt 23,8).
Entre eles estavam a primeira mulher trans a participar deste rito na Colina Sagrada, a ativista e empreendedora Brenda Souza; o jornalista e motivador cultural, Clarindo Silva; Vitor, refugiado da Venezuela que foi acolhido pela Obra Social da Basílica Santuário Nosso Senhor Bom Jesus do Bonfim, o Projeto Bom Samaritano; o indígena, Rireybamba Tracajá; Adilson de Oliveira, representando o espiritismo; Doné Hildalice, representando às religiões de matrizes africanas; Márcia Pinheiro, representando a religião Baha’i; Pastor Paulo Britho, representando o protestantismo; Reverendos Bianca e Bruno, representando a Igreja Anglicana; Sheik Abdul, representando o Islan.
Após a Santa Missa, aconteceu a Transladação do Santíssimo Sacramento, que tem como finalidade esvaziar o sacrário principal da Basílica, visto que com a celebração da Paixão de Cristo, a Igreja vai abster-se de celebrar a Eucaristia também no dia da morte do Senhor.
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