A partir do tema central “Como São Gonçalo, queremos perseverar na prática da oração e trilhar o caminho da santidade.”, a Basílica Santuário Nosso Senhor Bom Jesus do Bonfim, realizará o tríduo e festa em honra a São Gonçalo do Amarante entre os dias 12 e 15 de setembro. Sacerdotes como o Frei Claudemir Rodrigues da Silva, OP; Padre Antônio Andrade Xavier e Padre Edson Menezes da Silva (vice-reitor e reitor da Basílica Santuário Nosso Senhor Bom Jesus do Bonfim, respectivamente), ajudarão os fiéis a vivenciarem os festejos que estão fundamentados na motivação do Ano da Oração, proposto pelo Santo Padre, o Papa Francisco.
O ato religioso acontecerá sempre às 17h, mediante a realização da celebração eucarística. “No contexto do Ano da Oração, vamos celebrar a Festa de São Gonçalo do Amarante - 2024. Disse o Papa Francisco: ‘Não se trata de um ano com iniciativas particulares, mas sim de um momento privilegiado para redescobrir o valor da oração. [...] Assim sendo, vamos seguir o exemplo de São Gonçalo do Amarante, a fim de sermos homens e mulheres de oração.”, destacou padre Edson Menezes.
A Missa Solene presidida pelo Arcebispo da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, Cardeal Dom Sergio da Rocha, finalizará a festividade no domingo (15/09), às 07h30. Na ocasião, também será realizada a posse da nova Mesa Administrativa e do Conselho Econômico Fiscal, eleitos no último dia 31 de agosto.
Quem foi São Gonçalo do Amarante?
São Gonçalo de Amarante é um santo português, nascido em Arriconha Tagilde perto do ano 1200 e que desenvolveu boa parte da sua missão apostólica na cidade de Amarante, na qual veio a falecer entre os anos 1259 e 1262. Muito jovem ainda, iniciou os seus estudos visando o sacerdócio, na Escola Catedralícia da Arquidiocese de Braga. Depois de ordenado, se desenvolveu como pároco em São Paio de Vizela. Depois de alguns anos nesse ministério, partiu em peregrinação para a Terra Santa, permanecendo lá por 14 anos.
O Padre Antônio Vieira escreveu um belíssimo sermão sobre São Gonçalo, no qual divide a vida do santo em quatro “vigias”, em referência às quatro vigílias nas quais os judeus dividiam a noite no tempo de Jesus.
Na primeira vigia (infância), o Padre Vieira destaca as virtudes do pequeno Gonçalo, que se manifestaram desde o dia do seu Batismo: “em não chorar exercitou o da fortaleza; em não tomar o peito, o da temperança; em fixar os olhos e estender os bracinhos para a imagem de Cristo crucificado, o da prudência, o da justiça, o da religião, o da fé, o da caridade; e em não poderem divertir daquela devota e constante atenção, o da perseverança” (Sermão de São Gonçalo, III).
Na segunda vigia (juventude), são destacadas as virtudes de Gonçalo como bom pastor que “não há de ser todo bondade; nem tudo há de ser indulgência, nem tudo censura” (Ibid., IV), deve saber atar e desatar (aqui o Padre Vieira faz referência às palavras de Cristo a Pedro quando lhe confere as chaves do Reino):
“O que atares será atado e o que desatares, desatado; e por quê? Porque quer que os seus pastores saibam atar e desatar, e não sejam homens que não atam nem desatam. Porque não atam, andam os vícios soltos; e porque não desatam, estão as virtudes presas” (Ibid.).
Na quarta vigia (ancianidade), é apresentada a vida ao mesmo tempo, contemplativa e ativa de Gonçalo em Amarante, às margens do Rio Tâmega. Destaca a construção da ponte empreendida pelo ancião, que pode ser realizada, apesar da sua fraqueza física, graças a estar cimentada na caridade.
Com informações: A12.com
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